Ele foi inocentado de uma acusação de matar nove pessoas, em Curitiba. Cabe recurso da decisão proferida em 22 de novembro.
Por unanimidade, os desembargadores do TJ concluíram que Martins foi preso injustamente, sem que houvesse indícios da participação dele nos crimes, o que gerou danos à honra do coronel.
Na época do crime, em 2011, a Polícia Civil afirmou que ele tinha participado do caso por vingança, o que não se confirmou no julgamento.
Na versão da polícia, o militar encomendou a morte das vítimas, após a soltura de outro homem, que foi acusado de matar o filho de Martins, em 2009, durante um assalto.
As investigações da polícia apontavam que ele quis se vingar desse homem, encomendando a morte a outros quatro policiais. Contudo, desde que o caso veio à tona, Martins negou a participação no crime e alegou ser inocente.
Durante o julgamento, o MP-PR decidiu pedir a absolvição do ex-comandante do Corpo de Bombeiros, em setembro de 2016.
A promotoria afirmou que o militar era muito parecido fisicamente com um dos quatro policiais acusados de terem cometido o crime. Isso pode ter feito com que algumas testemunhas do caso reconhecessem Martins como um dos participantes da morte, mas as apurações ao longo do processo não apontaram provas contra o coronel.
Por meio de nota, a defesa de Jorge Luiz Martins afirmou que o TJ considerou que ele foi vítima de grave erro da Polícia Civil.
A Polícia Civil disse que não comenta decisões judiciais.
O Governo do Estado do Paraná preferiu não se manifestar.