FATOS PMPR 

A identidade entre a Academia Policial Militar do Guatupê e o Coronel Rogemil é quimérica. Foi docente por muitas décadas em diversos cursos como os de Formação de Soldado, Cabo e Sargento, Aperfeiçoamento de Oficiais, Superior de Polícia, Especialização em Informações, Oficiais Administrativos e Curso de Especialização em Intendência nas disciplinas de Administração Financeira e Orçamentária, Administração de Tesouraria, Administração e Estatística Educacional. No Colégio da Polícia Militar foi docente na disciplina de matemática. Foram muitos alunos que puderam ouvir os trocadilhos com nomes utilizados para explicar situações problemas da nossa instituição.

O Departamento Cultural da AVM, com o apoio do Associado Tenente Rafael Gomes Sentone, irá postar uma série de textos de autoria do Coronel Rogemil Hembecker. Em seu livro “Fatos PMPR” ele conta histórias da criação de diversos setores da PMPR. Confira os relatos da “CONSTRUÇÃO DA ACADEMIA POLICIAL MILITAR DO GUATUPÊ”.

A construção e a aquisição de móveis e equipamentos para a APMG ocorreu no governo do Dr. Paulo Pimentel, no Comando do Cel. Antonio Michalizyn e com o apoio do deputado Anibal Khury.

Segundo o estabelecido na Lei Federal 4.320/64, a construção de obras públicas e a aquisição de equipamentos e materiais permanentes são enquadradas como Despesas de Capital, pois agregam algo ao patrimônio público. A mesma lei estabelece que a aquisição de gêneros de alimentação está enquadrada como Despesas Correntes – Material de Consumo.

À época, e por alguns anos após, a aquisição de materiais para os ranchos da PM era feita de forma diferente. Para cada policial-militar escalado de serviço no mês eram sacadas “etapas de alimentação” correspondentes ao número de dias trabalhados. Essas etapas tinham três quantitativos: subsistência, rancho e complemento.

Os valores que porventura sobrassem no final do mês constituíam a chamada Economia Administrativa, que era usada para pequenas despesas do dia-a-dia, mais ou menos similares ao nosso Fundo Rotativo.

Para viabilizar a construção da APMG, houve um acordo entre Governo e PM, pelo qual seriam sacadas milhares de etapas de alimentação para constituir uma Supereconomia Administrativa, cujos recursos seriam administrados pela DMPO – Diretoria de Meios, Provisões e Obras (atual DAL).

Como o Tribunal de Contas não questionou a situação? Talvez porque estávamos em plena Revolução de 64. É importante ressaltar que as despesas efetuadas pela DMPO eram auditadas pela Diretoria de Finanças e analisadas e aprovadas pelo Conselho Econômico e Financeiro da Corporação.

O Bloco de Administração e o Bloco I de Alojamento da APMG foram construídos pelo pessoal da própria DMPO, que tinha uma superestrutura de pedreiros, carpinteiros, pintores, eletricistas, funileiros e outras.

Os Blocos de Alojamento I e II, o bloco antigo das salas de aula e o Rancho foram construídos pela empresa Marcos Baggio, contratada pela DMPO. O asfaltamento do pátio interno foi contribuição do DER.

 

Texto de Cel. Ref. Rogemil Antonio Hembecker

Livro: FATOS PMPR 

 

Texto Introdução de Rafael Gomes Sentone
1º Tenente QOPM – formado no CFO/2009

 

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