Livro: FATOS PMPR 

O Departamento Cultural da AVM, está publicando uma série de textos de autoria do Coronel Rogemil Hembecker. Em seu livro “Fatos PMPR” ele conta histórias da criação de diversos setores da PMPR. Confira os relatos sobre  “O CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS”.

O Curso de Formação de Oficiais foi criado em 1951, sendo a primeira turma de Aspirante a Oficial declarada em 1953. O que os mais novos não sabem é que, de 1951 a 1967, as condições para ingresso na Escola de Oficiais eram: ter no mínimo 15 anos e ter concluído a quarta série do Curso Ginasial, atual Ensino Fundamental.

Os candidatos aprovados nos exames de seleção – escolaridade, físico, psicotécnico, saúde, antecedentes – eram nomeados funcionários estatutários, portanto efetivos e de carreira, pelo Estatuto dos Militares, poderiam andar armados. Imaginem se isso seria possível hoje com o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Estatuto do Desarmamento, o Ministério Público, o Poder Judiciário, as pastorais…

Uma das matérias do CFO era Armamento e Tiro e o instrutor disse, na primeira aula “Vocês vão dar tiro a bangu”. Terminou o ano e a minha turma e outras, com certeza, não deram tiro nem a bangu nem sem bangu. Essa matéria restringia-se na prática, em Armamento, com decoreba total das peças do FO – Fuzil Ordinário e da metralhadora INA – Indústria Nacional de Armas. Sabíamos que o FO dividia-se em sete partes: cano com aparelho de pontaria, caixa da culatra, mecanismo da culatra, mecanismo de repetição, coronha e telha, guarnições e acessórios, sabre – baioneta com bainha. Sabíamos a localização exata do escudete do fuste e do anilho do grampo da bandoleira. Sabíamos que na coronha existiam o fuste, o delgado e o couce. Sabíamos desmontar e montar o FO e a INA em questão de minutos. Só não sabíamos atirar. Tiro, que é bom, nenhum.

Felizmente, ao longo do tempo as coisas evoluíram positivamente e, com a implantação do sistema de recarga e de outras providências, a matéria atual Tiro Policial realmente é tiro de verdade, com instruções adequadas, munição em quantidades recomendadas tecnicamente, além de observar táticas e técnicas para confrontos armados.

Texto de Cel. Ref. Rogemil Antonio Hembecker

Livro: FATOS PMPR 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *